OLFATIVAMENTE SENTINDO TEU CEGO PALADAR

10.10.05

Aos que nunca saberiam andar sozinhos

Uma pessoa no caminho

Providência!

Aos que fracos dormiriam entregues ao relento

Um teto, uma base, uma coberta

Sorte!

Aos que não se convencem

Um livro que lhes abra a visão

Órbita!

Nos rios, os peixes

Na mata, a caça

Nos céus, as aves

Sempre foram assim os lugares em que passei

Povoados de sobrevivência...

Nas lágrimas, lenços

Nas chagas, gazes e esparadrapos

Nos frios, edredons e trapos

Escolheria um só caminho cheio de placas

Daltonicamente falando, tentaria reconhecer o azul

Mandaria ao inferno meu demônio personal-trainner

Mergulharia em fossas marinhas sem sofregamente precisar do ar

que insufla meus debilitados pulmões

Sulfuricamente falando, beberia minhas sodas e

Como um pombo feliz bicaria minhas migalhas

Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 21/05/2011
Código do texto: T2984075
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