OLFATIVAMENTE SENTINDO TEU CEGO PALADAR
10.10.05
Aos que nunca saberiam andar sozinhos
Uma pessoa no caminho
Providência!
Aos que fracos dormiriam entregues ao relento
Um teto, uma base, uma coberta
Sorte!
Aos que não se convencem
Um livro que lhes abra a visão
Órbita!
Nos rios, os peixes
Na mata, a caça
Nos céus, as aves
Sempre foram assim os lugares em que passei
Povoados de sobrevivência...
Nas lágrimas, lenços
Nas chagas, gazes e esparadrapos
Nos frios, edredons e trapos
Escolheria um só caminho cheio de placas
Daltonicamente falando, tentaria reconhecer o azul
Mandaria ao inferno meu demônio personal-trainner
Mergulharia em fossas marinhas sem sofregamente precisar do ar
que insufla meus debilitados pulmões
Sulfuricamente falando, beberia minhas sodas e
Como um pombo feliz bicaria minhas migalhas