Incerteza
No vácuo, no escuro,
Desloca-se o futuro para me encontrar
Seus vizinhos de viagem insinuam miragens para me enganar
Imagino pontilhados os próximos instantes que irei vislumbrar
Medo e curiosidade travam um duelo duro de arbitrar
Spectruns conselheiros
Deixam seus espelhos para refratar
Balbucios góticos, sons heterodoxos, sussurros no ar.
Vendo minha vista, não me vendo à vista
Escolho, egoísta, exclusivo andar.
Mas por um momento me cai um alento
Na guerra que tento em vão controlar.
Alquimia, quimera,
Parada na espera
Para outra percepção
Que indique uma trilha,
E brilhe certa ilha
Na escuridão.