Da séria série: POEMAS ENCARDIDOS
Refém
Mira sim, assim, tua arma pontiaguda
Deixo meu tórax estufado, feito uma fruta mofada
Para que não haja erro, quando você forçar
Penetre assim comovente, rente ao caos do mais nada,
Alcance de maneira estupenda a epiderme vulnerável
Mira de uma maneira infalível a nervura que há
Entre o vão inocente e a adjacência do risco
E tudo que seja possível alcançar, alcance
Antes que eu balance, e você perca o jeito de olhar
E no cadafalso da ilusão, eu perca o prometido!