Dragão Anil
Tarde quente, calmaria.
Dias escuros, frente fria.
Vento? Precário.
Sol? Escaldante.
Dia sem dia, sem nexo.
Vontade eterna de relutancia, rebeldia.
Rebelde dragão anil, cor do céu, cintilante talvez.
Medieval, som medieval.
Dragões lembram coisas assim.
Desenho na pele, coisa sem volta,
vício eterno.
Flores, pétalas, fogo, nuvens.
Algo de bom em algum detalhe ali encontado, camuflado, escondido. Um coração, quem sabe, naquele dragão sofrido.
Um gesto, um sentido, um sorriso, uma pausa, qualquer pausa.
Um dragão.
Dragão azul, com coração pulsando forte por dentro.
Mera máscara de valentia, coração puro e bom.
Desconcerto, estima que camufla e que copia.
Dia sem sentido, apenas com um Dragão.