O BEDUINO DO SINAI

Abraçara o calor do deserto

numa saga de peito aberto,

nas gibas do seu camelo

viajara bravo beduÍno

na busca do seu destino

que melhor lhe fora não tê-lo.

Ao encontro do Sinai

onde quem entra dali n sai,

desbravara as quentes areias

e a figura do guerreiro sol

o travara em todo arrebol

alargando-lhe as correias.

Cruzara a silente loucura,

solidão lhe cercara ventura

dos efeitos de acerbo calor

que a sede subira a cabeça

antes que ele envelheça

e a morte se faça senhor.

.

Víboras e escorpiões

lhe eram como aldeões,

figurantes do seu pesadelo

não mais lhe causava medo

percorria obscuro segredo

montado em seu camelo.

A noite, Lilit o atormenta,

mas uma estrela o acalenta,

sem temer lendas dormia

em sua tenda sob o luar,

adejava um Nume no ar

fazia parte daquela harmonia.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 18/01/2011
Reeditado em 06/11/2012
Código do texto: T2736652
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