O BEDUINO DO SINAI
Abraçara o calor do deserto
numa saga de peito aberto,
nas gibas do seu camelo
viajara bravo beduÍno
na busca do seu destino
que melhor lhe fora não tê-lo.
Ao encontro do Sinai
onde quem entra dali n sai,
desbravara as quentes areias
e a figura do guerreiro sol
o travara em todo arrebol
alargando-lhe as correias.
Cruzara a silente loucura,
solidão lhe cercara ventura
dos efeitos de acerbo calor
que a sede subira a cabeça
antes que ele envelheça
e a morte se faça senhor.
.
Víboras e escorpiões
lhe eram como aldeões,
figurantes do seu pesadelo
não mais lhe causava medo
percorria obscuro segredo
montado em seu camelo.
A noite, Lilit o atormenta,
mas uma estrela o acalenta,
sem temer lendas dormia
em sua tenda sob o luar,
adejava um Nume no ar
fazia parte daquela harmonia.
(YEHORAM)