NAVIGATOR
Andei por mil caminhos
Oceanos e mares naveguei.
No mar proceloso de minha vida
Muitos sofrimentos, muitas dores causei.
Caminhei por estradas tortuosas
Levando juntas, a angústia e a dor.
Dentro do peito um coração empedernido,
Não conhecendo a palavra amor.
Vidas que passaram,
Como folhas que o vento levou.
Hoje volto à esta vida
Ainda não sabendo porque aquí estou.
Resgates, débitos, dívidas contraídas
Através de minha longa caminhada.
Meu barco segue um rumo incerto
Qual nauta, perdido, a procura
Do nada.
Por companheiro comigo andou
O expectro de um ser humano.
Não conhecendo a palavra piedade,
Causamos dores, sofrimentos insanos.
Qual Alexandre destruidor
Devastando tudo por onde passa.
Assim também fiz minha batalha,
Seguí lado a lado com a desgraça.
Sou um viajor cansado que;
Segue por tortuosa estrada.
Singro os mares, qual
Argonautas invencíveis,
Atenas protegendo minha jornada.
Como Jasão procurando
Nos confins da Cólchida,
O velo de ouro dourado.
Também ando a procura
De alguém que ficou no passado.
Lutando para encontrar serenidade
Eis aquí um espírito fracassado.
Querendo servir, amar em nome do Cristo,
Sentindo a incompreensão dos seus,
Seu corpo está abatido e cansado.
Deus, porém, soberano em
Sua infinita piedade.
Não abandona jamais um sofredor
Que arrependido dos erros praticados
Procura afeto, paz e calor.
E hoje, após atravessar
Mais uma vez o Aqueronte.
Minh"alma reencontra o
Porto da Esperança,
Ao chegar até mim
Alguém, que me enche de
Paz e de bonança.
Encontrei-a para minha felicidade
Esta lúz que ilumina o meu caminho.
Minha estrada tornou-se iluminada
Agora não caminho mais sòzinho.
Fêz-me compreender o porque
De tanto sofrer e fracassar.
Minha vida agora tem objetivo,
Vivo para o amor fraterno praticar.