QUESITOS
Por que nasce o dia se morre à tarde?
Por que a noite invade a claridade?
Qual o segredo que não se vê dentro do inverno?
Será que é o lugar de onde brota a primavera?
Como o hoje consegue se vestir com estilos opostos?
Coloca a roupa do ontem e do amanhã... sobrepostos?
Por que o mar, de ressaca, não se desidrata?
Porque o rio, tão doce, sempre lhe dá de beber...
Com que vírus a poesia contamina o poeta?
Será a vida real uma doença e a arte a cura certa?
Tantos grandes pensadores já pensaram sobre tudo?
Mas, sobretudo, como pensar as coisas novas do mundo?
Para todas as perguntas, serão necessárias as respostas?
Ou, algumas, é melhor que fiquem atrás da porta?
Por que todo poema tem que ter um fim?
Este eu não termino... pois há muitas perguntas em mim!