QUESITOS

Por que nasce o dia se morre à tarde?

Por que a noite invade a claridade?

Qual o segredo que não se vê dentro do inverno?

Será que é o lugar de onde brota a primavera?

Como o hoje consegue se vestir com estilos opostos?

Coloca a roupa do ontem e do amanhã... sobrepostos?

Por que o mar, de ressaca, não se desidrata?

Porque o rio, tão doce, sempre lhe dá de beber...

Com que vírus a poesia contamina o poeta?

Será a vida real uma doença e a arte a cura certa?

Tantos grandes pensadores já pensaram sobre tudo?

Mas, sobretudo, como pensar as coisas novas do mundo?

Para todas as perguntas, serão necessárias as respostas?

Ou, algumas, é melhor que fiquem atrás da porta?

Por que todo poema tem que ter um fim?

Este eu não termino... pois há muitas perguntas em mim!

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 12/10/2010
Código do texto: T2552865