CAMINHOS DA VIDA (FLORESTA)
Arbustos flácidos, suave manhã.
Uma criança em evolução.
Seus ramos, braços abertos,
Suas raízes, qual passos incertos
Esperança que alguém lhes dê as mãos.
Frondosa árvore ao meio dia.
Jovem viril na sua pujança.
Mocidade inquieta a lutar,
Ânsia incontida no vencer ou fracassar
Mostra ao mundo sua desesperança.
Atalaia gigante, no dealbar do ocaso.
Homem feito, vagando a procura da razão.
Galhos secos, de folhas desprovidos
Vivendo a esmo, sem sentido
Solitário, num mundo de ilusão.
Floresta, guerreira pacífica,
Guardiã da Terra, hoje vencida.
Ao que resta de tí rendo agora
As lágrimas que minh'alma chora,
Numa homenagem sentida.
Por estes caminhos da vida
Caminham juntas nesta quietude,
Desfilando sempre, lado a lado
Irmanadas na lembrança do passado
A Floresta e a minha Juventude.
(Neste poema procurei retratar o ser humano atual e o que resta
de nossas matas)