CAMINHOS DA VIDA (FLORESTA)

Arbustos flácidos, suave manhã.

Uma criança em evolução.

Seus ramos, braços abertos,

Suas raízes, qual passos incertos

Esperança que alguém lhes dê as mãos.

Frondosa árvore ao meio dia.

Jovem viril na sua pujança.

Mocidade inquieta a lutar,

Ânsia incontida no vencer ou fracassar

Mostra ao mundo sua desesperança.

Atalaia gigante, no dealbar do ocaso.

Homem feito, vagando a procura da razão.

Galhos secos, de folhas desprovidos

Vivendo a esmo, sem sentido

Solitário, num mundo de ilusão.

Floresta, guerreira pacífica,

Guardiã da Terra, hoje vencida.

Ao que resta de tí rendo agora

As lágrimas que minh'alma chora,

Numa homenagem sentida.

Por estes caminhos da vida

Caminham juntas nesta quietude,

Desfilando sempre, lado a lado

Irmanadas na lembrança do passado

A Floresta e a minha Juventude.

(Neste poema procurei retratar o ser humano atual e o que resta

de nossas matas)

Ademar de Paula
Enviado por Ademar de Paula em 09/10/2010
Código do texto: T2547505