SIMBIOSE
Arremeço meu verso ao labor das expectativas
Sou essa menina que versa um sistema de rimas.
Sou a menina que se aninha em seus ombros e pele
Sou essa menina estranhamente tão lúcida
Que caminha pulsando suas mãos e sua nuca.
Tenho a nítida impressão da lua aberta no lençol
Aquecendo com lirismo a intimidade do encontro.
Sou essa sacana que aperta um sistema de erotismo
Sou essa sacana que liberta cada ponto
Num frenesi de forças, sem perder qualquer sentido!
Emendo um poema e outro, soltos na língua
Numa cilada armada pelos músculos aderentes.
Sou essa menina sacana que aprende mais um pouco
Sou essa sacana menina que se atreve com decência
A degustar cada palavra que passeia nos seus dentes...