Ensaios (Pro) Fanáticos

I

Talvez seja forte, o fraco que por sorte

Sacia a fome do ímpio

Talvez seja fraco, o forte que sem sorte

Mata a sede da ímpia

Santa e Profano

Bailando com a cama na varanda

Sete luas seguidas

A espera do frio, no relento do calor

Corpos nus deleitam

Saciando: a fome

Matando: a sede

II

Talvez seja fraco o forte que na morte

Avia a alma da ímpia

Talvez seja forte o fraco que na morte

Alia a alma do ímpio

Profano e santa

Cobertos pelas ninféias do vergel

Sete sóis seguidos

Admoestando Eros erótico

Aviando a alma

Aliando a alma

Sem sede, sem fome

III

Talvez seja a santa que sem sorte

Alimenta a fome do profano

Talvez seja o profano que por sorte

Satisfaz a sede da santa

Alados em templos sugando o néctar

Nos campos Elíseos

Sete sóis e sete Luas

No clarão das negruras

Avia, alia as almas

Viventes na perpetuação

Lendas, púrpuras e mortas

IV

Talvez seja sorte, a forte morte do fraco

Talvez seja a morte do fraco sem sorte

Saciado, satisfeito inócuo?

Negas a ti em pleno dilúculo

Corre do profano pai

Aninha-se no colo da santa mãe

Rebento, ímpio e a santa

Com um éden arborizado de maçã

Beija a terra beija o mar

Voa no vento a tempo de viajar

No inicio, no meio e no fim

valdison compositor
Enviado por valdison compositor em 21/08/2010
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