AGULHA NO PALHEIRO

Procuro, durante a vida

A palavra perfeita

Tão bela, tão direita

Que valorize a escrita

Nenhuma guarda o sentido

Mais sentido deste mundo

Desejo algo mais profundo

Além do contexto entendido

No dia em que a encontrar

Farei versos muito diferentes

Serão exóticos, serão reluzentes

Com fios de ouro irei costurar

Com botões de madrepérolas, fechar

Vestirei a farda dos poetas irreverentes

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 06/08/2010
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