SE NÃO HOUVESSE UM SALVADOR...

É meia-noite sempre a qualquer hora do dia

O vento tem cheiro de morte

E as nuvens são o principiar das trevas

As luzes não estão mais acesas...

O luar se amarelou com a imundice da Terra

Nessa vastidão de mundo só existe hipocrisia e falsos moralismos

As chagas estão abertas...

É meia noite sempre a qualquer hora do dia

Ó Golgota, a quem esperas?

O sol vai consumir a Terra

Os olhos estão abertos

O cheiro da água é putrefato

E o nome de Deus corre em bocas profanas

As chagas estão abertas...

É meia noite sempre a qualquer hora do dia

As lágrimas ferem os olhos, com sangue a jorrar

Onde estão as mãos postas?

Estão louvando a Satanás

Profanação, dirás

Mas a dor dilacera os ossos e nem assim os seres se tornaram fiéis

As chagas ainda estão abertas...

A meia-noite já inundou o que era dia

A ferida é branda para o coração dos imundos

Mas as chagas continuam abertas

Bem aqui dentro de mim

Se consome de bichos que carcomem minha carne ferida

Como são capazes de usar teu santo nome em vão, Senhor?

Ó Golgota, a quem esperas?

Já estou crucificado, na cruz do mundo...

Nessa imensidão de chamas

As chagas ainda hão de se fechar

Senhor vem depressa

Jesus, toma seu lugar!

As chagas inda vão cicatrizar...

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 23/06/2010
Código do texto: T2337119
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