“A dor da solidão”
Manhã de sol quente
Céu azul nas alturas
Humilde corpo sem vida
É levado a sepultura
Quem foi àquele vivente
Muitos poucos ali presentes
Quem foi esta criatura?
No local onde dormia
Numa gaveta ao seu lado
Deixou as anotações
Por ela, ali rascunhado;
Anotações do amor
Pelos que lhe abandonou
Tudo deixou anotado
Ao ser tirada do quarto
Onde o corpo se encontrava
Em um asilo singelo
Onde a mulher lá estava
Passando parte da vida
Pela família esquecida
Ali onde ela habitava
Seguindo aquele féretro
Ninguém ali pra chorar
Pra sentir a falta dela
Uma lágrima derramar
Só as pessoas estranhas
Humildemente acompanha
Levando-a ao seu ultimo lar
Sofrimento bem maior
Nas palavras extravasarão
Parte deste sentimento
Grafado, anos a perturbarão;
-lembro de minhas crianças
Que foi minha esperança
Abandonaram-me, onde estão.
Esta é a dor maior
Ninguém vem me visitar
Meus filhos onde andarão
Que não vem dizer olá
Se soubessem da tristeza
Não me deixavam aqui presa
Sem mesmo poder andar
Aqui não posso sair
Somente mãos generosas
Levam-me pra tomar sol
São moças muito bondosas
Que com suas mão me pegam
E para o jardim me levam
Moças que são carinhosas
E com o passar do tempo
Meus filhos não aparecem
Pra entrar por esta porta
E me abraçar pudessem
Beijando-me com carinho
Num abraço apertadinho
Tudo que uma mãe merece
Hoje perco a esperança
Começo a acreditar
Que eles me esqueceram
Não mais vem me visitar
Fico c/ nó na garganta
Essa dor que se agiganta
Com lágrimas a derramar
Um dia alguém me disse
O túmulo não é o fim
Esse alguém voltou e disse
Jesus vive em um jardim
Já baixou a sepultura
Mas hoje estar nas alturas
Tenho fé que seja assim
Aqui descrevi um fato
De quem é abandonado
Internado pelos filhos
Num asilo desprezado
Morre de dor, aflição
Na mais triste solidão
Fez tanto e não é lembrado
//Anízio, 29/08/2006.
www.aniziosantos.recantodasletras.com.br
Manhã de sol quente
Céu azul nas alturas
Humilde corpo sem vida
É levado a sepultura
Quem foi àquele vivente
Muitos poucos ali presentes
Quem foi esta criatura?
No local onde dormia
Numa gaveta ao seu lado
Deixou as anotações
Por ela, ali rascunhado;
Anotações do amor
Pelos que lhe abandonou
Tudo deixou anotado
Ao ser tirada do quarto
Onde o corpo se encontrava
Em um asilo singelo
Onde a mulher lá estava
Passando parte da vida
Pela família esquecida
Ali onde ela habitava
Seguindo aquele féretro
Ninguém ali pra chorar
Pra sentir a falta dela
Uma lágrima derramar
Só as pessoas estranhas
Humildemente acompanha
Levando-a ao seu ultimo lar
Sofrimento bem maior
Nas palavras extravasarão
Parte deste sentimento
Grafado, anos a perturbarão;
-lembro de minhas crianças
Que foi minha esperança
Abandonaram-me, onde estão.
Esta é a dor maior
Ninguém vem me visitar
Meus filhos onde andarão
Que não vem dizer olá
Se soubessem da tristeza
Não me deixavam aqui presa
Sem mesmo poder andar
Aqui não posso sair
Somente mãos generosas
Levam-me pra tomar sol
São moças muito bondosas
Que com suas mão me pegam
E para o jardim me levam
Moças que são carinhosas
E com o passar do tempo
Meus filhos não aparecem
Pra entrar por esta porta
E me abraçar pudessem
Beijando-me com carinho
Num abraço apertadinho
Tudo que uma mãe merece
Hoje perco a esperança
Começo a acreditar
Que eles me esqueceram
Não mais vem me visitar
Fico c/ nó na garganta
Essa dor que se agiganta
Com lágrimas a derramar
Um dia alguém me disse
O túmulo não é o fim
Esse alguém voltou e disse
Jesus vive em um jardim
Já baixou a sepultura
Mas hoje estar nas alturas
Tenho fé que seja assim
Aqui descrevi um fato
De quem é abandonado
Internado pelos filhos
Num asilo desprezado
Morre de dor, aflição
Na mais triste solidão
Fez tanto e não é lembrado
//Anízio, 29/08/2006.
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