O Meu Submundo
O meu sangue ferve,
dentro dos meus fragmentos,
onde as cinzas ocupam o espaço leve,
do quente pulsar que transforma sonhos em relento...
Sons de lua cheia de luz,
onde me ofusca a sombra desvairada,
queimado dentro do que me seduz,
parado em caminhos eternos e sem estrada...
Se o meu submundo é a tua dor...
ja não invento novos modos que se envoltam,
sangue meu que pingas traços do meu amor,
pintando telas de paisagens´que se soltam...
As minhas cinzas serão pontos de luz,
quando me espalhar ao vento,
queimado dentro do que me seduz,
pensando em como gerir o fragmento...
No meu peito o meu alento,
derramado por submundos
cheio de caminhos imundos...
Nuno Godinho
3-5-2010