O ser "loucura"

Dos últimos, sou o primeiro,

Dos primeiros, sou o último.

De tudo o que se sabe, nada sei.

Do nada que sabe, eu sei de tudo.

Aprendendo a ser humano

A falar, a ficar mudo.

Apreendendo o que há de humano

Num ser que: Será o que seria

Se não fosse tão animal?

Sou o centro do universo,

O avesso às avessas,

O verso do verso,

A poesia da loucura

Onde todo lugar é o centro,

Mas todo lugar é o centro

Pra algo que não tem tamanho.

Sou cheio de tudo

Às vezes, sem forma e vazio

Como um rio sem águas

Como uma estrada sem léguas

Quando sou todo espasso,

Eu passo e você não vê

mas quando você passa...

Eu fico desse tamanho,

Me ganho, me faço, me assanho.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 08/04/2010
Reeditado em 18/06/2010
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