Bebo de ti....
Sumo de frutas silvestres
em madrigais do bugalho
dilúculos do cantar agreste
gorjeados ecos do cascalho.
No espelho do rio! Sudoeste
Acordando a água que aparvalho
Valorando a valsa do simestre
Ungidas sementes que agasalho...
Gotículas catadas dum mestre!
vertidas do excelso orvalho
osculando a florada campestre
dimanando cume do vergalho.
Depurada na fonte do prazer
estiolada no âmago espalho
espargindo o afã do perfazer...
Sorvendo dádivas do coalho.
Clamando não pare o querer
na leitura espocando cibalho
incitado estilo aquém dizer...
Dum beijar insano rimalho.
Caldais deságuam o aquiescer
que nos cante loas o carvalho
Arestas encantadas do jazer
arrastadas rimas num esgalho...
A composta mandraca escrever
Bebo de ti, pois tu és cabeçalho!
Vaticinado no ser, aspirando ler
em copas de nuvens o baralho...
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
3/7/2006
Bençãos Poeta! Que chova sementes, que lubrifico em rimas inundadas linhas.