EU E O TEMPO
Vivo a angústia do Tempo;
de quem tem muito tempo
e tanto tempo perdeu...
Vivo o peso dos anos
como se a vida passada
fosse um século – sem visão.
Eu vivo o que posso,
o que quero,
não mais posso
- cadeias invisíveis me aprisionam.
Fito a estrela que tremeluz
brilho intenso – inatingível
mas entre meus dedos,
esparge miríades de luz.
O tempo – passando impassível
Os anos – céleres em seu caminho
A Vida – impondo seus limites
A Estrela – distância intangível...