Quem sou eu...
A caiçara destemida que dormita nos seios das palhas
das paixões ensandecidas, a lapidação em adornos da veridicidade, na estória contada o eco da realidade, o monte das gralhas, a campear flanando as veleidades no templo da mocidade!
Quem sou eu...
Um luar cheio de janeiros a esculpir em marfim cascos que empalham no orvalhar da calha, gotejado nos tálamos crepusculados da lubricidade, vertendo das entranhas flumen aprazidos no arraigar das navalhas.Umedecendo a vela panda em pélagos, nos enristes mastros, da felicidade!
Quem sou eu...
A fisiologia da alma a rever os fardos empoeirados revisando as tralhas,nas intempéries das muitas existências, a inclinação filosófica em alacridade...
No trilhar a mente, a obstinação de Hércules, a invadir Neméia nas ralhas da metafísica. Concubina dos ideais de Platão, eleita matéria prolixa da Divindade...
Quem sou eu...
O aço, urdido em amor! Sopro do barro que moldou Diana parida nas cangalhas, Dos adágios de Heráclito. O cinzel sábio de Athena a clamar liberdade No sêmen fraterno da beleza de Afrodite em sarandalhas. Musa de Orfeu no soslaiar de Sócrates, seguidora de Freud na hereditariedade...
Quem sou eu...
O pleroma de Jung na contemplação do sol penetrando no inconsciente das migalhas conscientes. Partícula azul do universo sideral infinito, a mensurar a continuidade.
Do limiar um trovão, em meio à escuridão das muitas crenças em farfalhas do silfo interno.
Quem sou eu...
O âmago descrito em estros, na implosão da criatividade. Plasma do físico, alento etéreo na magia do ajuizar, o atingir de maravilhas. A maga em seus muitos corpos, a fada na invocação do vate em Deidade!
"A Poetisa dos Ventos"
Deth Haak
13/12006