TEOREMA SEM INSPIRAÇÃO

TEOREMA SEM INSPIRAÇÃO

Teor das palavras,

Teorizando rimas.

Sentimentos cismados

Com íntimos amigos desajuizados.

Renas de cornos retorcidos

Na mansidão clarificada

Das neves, na frieza de suas fêmeas

Riem, mas e as palavras efêmeras?

São poemas e não poesias.

Estas frases tentam abrir olhos.

Mas, eles querem continuar fechados.

Eles não enxergam e deixam de lado.

São casos de polícia, diria o delegado.

Que porcaria, não acho o que rime com poesias.

O escrevente deve estar bem cansado.

Delirante, pobre coitado.

Por que tanto julgamento,

Quem sou eu para tal evento?

Julgador é o Tempo!

Que se encarrega da paz e da dor,

Verdadeiro Pretor.

Nivela a todos,

Ricos e pobres,

Plebeus e nobres.

Santa “Maria”,

Madalena eu diria.

Eis o nó,

Somos pó.

Eis a verdade,

Cronologia da idade.

Fulgor!

Desespero,

Serenidade.

Valor...

E, a sorte?

Vida e morte.

É o desvelo

De não ficar só.

Alva alma,

Puído guarda-pó.

Isso tudo somos nós,

Dignos de dó...

Ás vezes andando em ré maior.

Debaixo de chuvas de sol menor.

Eis o som da existência

Em matizes de clemência.

Em rápidas pinceladas

Por não saber dizer mais nada...

Deus cuidará da nossa demência.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 06/11/2009
Código do texto: T1908152
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