UMA NOVA FORMA DE SER
Somos o sumo do cio,
O silêncio das celeumas,
A violência das fleumas,
As enchentes do vazio.
Somos o quente do frio,
Somos luz da escuridão,
Somos o céu sobre o chão,
Somos a chuva no estio.
Somos trabalho vadio,
O perverso da bondade,
A mentira da verdade,
O leito seco do rio.
Somos da bomba o pavio,
Somos a faca sem corte,
Somos a vida da morte,
Somos da morta atavio.
Somos mares sem navio,
Somos viagem sem meta,
Somos sombras do exegeta,
Somos do verso o desvio.
O senso do desvario,
As curvas coxas da reta,
A poesia sem poeta,
Somos o verso vazio.
Odir, em passagem noturna
Somos o sumo do cio,
O silêncio das celeumas,
A violência das fleumas,
As enchentes do vazio.
Somos o quente do frio,
Somos luz da escuridão,
Somos o céu sobre o chão,
Somos a chuva no estio.
Somos trabalho vadio,
O perverso da bondade,
A mentira da verdade,
O leito seco do rio.
Somos da bomba o pavio,
Somos a faca sem corte,
Somos a vida da morte,
Somos da morta atavio.
Somos mares sem navio,
Somos viagem sem meta,
Somos sombras do exegeta,
Somos do verso o desvio.
O senso do desvario,
As curvas coxas da reta,
A poesia sem poeta,
Somos o verso vazio.
Odir, em passagem noturna