Calendário

Sobre a mesa olho o calendário,

A marcar inclemente

As datas,

Os dias.

Como se tudo não passasse,

Meramente

De dias sem sentido,

De dias vazios.

Como se tudo não passasse!

Ironia do destino...

Olho-te,

Penso,

Reflito.

Dias,

E mais dias...

A passarem segundo o calendário,

Meramente,

Dias...

O que você está fazendo deste instante?

Pergunto-me,

Olhando,

Fixamente

O calendário.

Mal percebendo,

Que o tempo

Que gasto

Fixamente

Olhando

O calendário

É

Meramente

Um tempo que não volta mais.

Se desejo

Pensar,

Refletir,

Que o faça.

Mas não

Fixamente,

Meramente

Olhando o calendário.

Inculta lembrança,

Vaga esperança,

De que o tempo, em que aqui

Fiquei,

Fixamente,

Meramente

Olhando o calendário

Não tenha passado...

Rosimeire de Sousa - 07/05/09

(obs.: Se você chegou até aqui, acredito que tenha lido todo o texto, pode ter estranhado esta apresentação diferente das que me são peculiares. Toda reflexão é válida, desde que se proponha a isto, assim ao menos acredito. Para alguns este texto pode parecer um amontoado de palavras sem sentido, algumas repetições... porém lembre-se tudo na cabeça do autor tem sentido, às vezes um sentido único que só ele reconhece... não vou explicar o texto, analise-o e dê-me suas respostas... grata pela sua presença, sinta-se a vontade no meu cantinho e continue passeando.)

Rosimeire de Sousa
Enviado por Rosimeire de Sousa em 07/05/2009
Reeditado em 21/05/2009
Código do texto: T1581090
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