Outonos de prata
Cada página riscada
Pelas tintas de lágrimas
Que caem com chuvas
Na face do sertão,
Não atravessa a solidão,
Tão sólida e teimosa
Construindo entre
Sonhos e delírios
Ilusões cálidas
Na rígida definição do adeus,
Tempo diluído no espaço,
Os trilhos anunciam
O fim da estação
Enquanto os olhos
Esperaram
Outonos de prata.
Jane Krist
São Paulo, 31 de março. 2009. Fim do dia