PALHAÇO AO ESPELHO
Os sapatos ajeitam-se
Nos pés
De pisar o mundo
Ágil já em calças
E camisas
Bufantes
Senta-se
Confortável em mangas
E golas
Soltas da sua vida.
Está às palavras soltas
Olhos caras e bocas
Vão sendo maqueados em si
No esmo de si
Mãos que tentam
Apropriar-se
Do agora
Do sorrir
Do seu sorriso
E ao alegre e triste
Do seu olhar...
Rompe-se
Um nariz vermelho
Como o dia
A sonhar-se em picadeiro
Palmas e risos
A chover por sobre
Sobrancelhas a fazer-se
Em telhas
A proteger-lhe
Do palhaço
Que assiste
Ao espelho
E que não é ele
Neste mundo
Em mastros e lonas...
E aí sorri
Seu sorriso passageiro.
Imagem : Palhaço à óleo de Nilcéia de Almeida A. B. Pereira
nilceiaaab@gmail.com
Os sapatos ajeitam-se
Nos pés
De pisar o mundo
Ágil já em calças
E camisas
Bufantes
Senta-se
Confortável em mangas
E golas
Soltas da sua vida.
Está às palavras soltas
Olhos caras e bocas
Vão sendo maqueados em si
No esmo de si
Mãos que tentam
Apropriar-se
Do agora
Do sorrir
Do seu sorriso
E ao alegre e triste
Do seu olhar...
Rompe-se
Um nariz vermelho
Como o dia
A sonhar-se em picadeiro
Palmas e risos
A chover por sobre
Sobrancelhas a fazer-se
Em telhas
A proteger-lhe
Do palhaço
Que assiste
Ao espelho
E que não é ele
Neste mundo
Em mastros e lonas...
E aí sorri
Seu sorriso passageiro.
Imagem : Palhaço à óleo de Nilcéia de Almeida A. B. Pereira
nilceiaaab@gmail.com