Canção Poética Prosa de Esperança Perdida Reencontrada

Flores caem do topo dos dias

Arremessaram mais um viajante ao céu

Uma árvore disse a um avião:

Minha copa não dá raízes,

Mas não voe tão perto dos meus frutos.

Caiu um macaco levado

Da janela do terceiro subsolo

Trazendo em sua mão um jornal atual

Que tinha as manchetes do ano passado

Piscando e acendendo conforme o interruptor

Na parede do aquário.

Cauteloso, o descuidado vadiava,

Trazia as provas de seu (e não meu, mas vosso) crime

Cada vez que se aproximava

Se afastava de minha vontade e tinha por si

A confiança que não queria.

Teu escravo comanda-te para servir tua vaidade.

A questão é a resposta que se quer

E nunca foi tão simples a complicação

Que a mentira transtorna quando salva.

Vou forçar a porta para fechá-la,

E se você ver um dragão cair da escada

É porque São Jorge esqueceu de acender a luz.

Voarei sem limites através de meus grilhões

E o céu vermelho ao meio dia cairá

(Em esquecimento, o céu não pode cair do céu)

E fará o mar ondular de paixão ululante.

Há muito mais coisas entre o céu e a terra

Do que entre mim e a minha amada.

E não quero saber de sabiá ou cotovia

Porque Romeu matou Julieta de tédio.

O padre corre pelado no Páteo do Collegio

Trzendo a Bíblia em uma das mãos

E na outra a revelação de Deus, que diz:

"Eu não existo e não acredito em Deus!"

Vamos brincar com a cabeça do presidente

E dançar deitados no salão real

A valsa prometida do futuro perdido

Que estamos compondo em silêncio!

Que no fim, comece tudo de novo

Com a mesma cara de sempre

Diferente a cada dia e relembrando cada hora.

Vou esperar o amanhã.

"... e nossa história não estará pelo avesso assim sem final feliz, teremos coisas bonitas prá contar! E a té lá, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, não olhe prá trás. Apenas começamos. O mundo começa agora. Apenas começamos."