DESTINO
As chamas anelam as mãos.
Moldam um ninho
e iluminam um caminho, talvez.
Pequeno luar sobre a alma semente.
Asas balizam o coração
na curva da terra,
rumo à aura das esferas.
Talvez ainda me perca de casa
e de tudo que não conheço da luz.
Fiz do amor lei em cada rua
de minha cidade de primavera.
Na noite, desdobrarei essas asas insólitas.
Tomarão formas de estrelas
na passagem das quimeras.