SONHO
SONHO
No aeroporto do teu coração,
Quis a minha alma entregar,
Na malas levei farta ilusão,
E o sonho de te poder amar.
Quando no final da viagem,
E já desperto e acordado,
Percebi: o sonho foi miragem
E eu, herdeiro deserdado.
Ó sonho, não me enganes mais,
Nem uses de tanta maldade,
Corações não são pedras ou metais
Ou de infinita durabilidade.
Nas tuas viagens há loucura,
E sempre grande fascínio,
E tudo não passará de tortura,
Se não se atingir o designio.