Exéquias de um palhaço
Respeitável público, o palhaço morreu!
Depois de arrancar os sorrisos sinceros
Toda a platéia chorando o reconheceu
E ficaram as saudades deste Clown eterno
Que se pôs para o mundo só pra alegrar
De uma forma bonita, pintado e cantando
Tropeçando na vida sem se preocupar
Tirou tanta tristeza de alguns humanos
O palhaço já idoso no leito de morte
Pediu aos companheiros aquele aplauso
Pra lembrar da platéia, sua grande sorte
Que ao ver o palhaço ficavam encantados
Ele se foi sorrindo, deixando saudades
Não queria tristeza, nem melancolia
Ele era um ser puro com fé e bondade
E sempre encantava com sua energia
Nesse célebre dia, o céu vira um circo
Pra receber com honra mais este palhaço
Que teve a diversão como um ofício
Hoje alegra os anos na abóboda do espaço.