Sob o sol dos meus melhores dias II
Ele volta sempre com ou sem a minha permissão
numa manhã inusitada.
Escancarando portas ele entra e despe as trevas
e aquece os silêncios frios.
Sol que provoca a lua por ser um satélite que não tem luz própria
e a chantageia com propostas indecentes.
Faz os ponteiros do relógio ficarem invisíveis
e os dias se prolongam até darem as mãos a noite.
O sol dos meus melhores dias aquece
as superfícies do distante Plutão que orbita em mim
e bronzeia o meu amor estendido na toalha da praia.
Faz os meus furacões gerar belas brisas que transpiram poesia.
Um sol que faz vigília no peito em eterna oração.