VIDA MINHA
Belos pés de manga, de ata, pinha...
Goiabeiras, umbuzeiros, bananeiras, coqueirais...
Tamarineiras, oliveiras, cajueiros... Vida minha!
Sítio aprazível e roças lindas do meu pai.
Saudade! Tempos que não voltam mais.
Canaviais, batata, melão, milho, feijão...
Macaxeira, arroz, maxixe, abóbora, melancia...
Muito gado, alho, cebola e algodão...
Nunca pensei que tudo fosse acabar um dia!
Capinzais ao vento, para o gado bovino...
Máquinas forrageiras, cocheiras no curral...
Leite puro e bom demais. Lembro também dos suínos.
Todo dia, o dia inteiro, muito trabalho e moral.
Passarinhos aos milhares por toda parte dos campos,
Em diferentes gorjeios... Espécies diversas... Encanto.
E à noite, aves noturnas, em meio aos pirilampos,
Emitindo seu canto alto, saudoso e bonito canto.
O poço tubular artesiano... De água tão cristalina,
Que o meu pai mandou perfurar, tinha água em abundância,
Que era utilizada com escrúpulo e bastante disciplina,
Para encher nossa piscina e aguar as plantas do sítio,
Reconhecendo toda a sua importância.
A casa do meu pai, majestosa e colossal...
Casa grande, tão bonita, belos dias do passado!
O meu pai e a minha mãe, feliz e belo casal!
E nós os filhos queridos por eles tão bem amados!
Os jipes (Jeep Willys) do meu pai recordo agora...
A família tão feliz... E agora esta saudade
Vem torturar o meu peito ao me lembrar nesta hora
De um tempo tão bonito e cheio de felicidade.