Infância minha, loucuras d´alma
Vim do campo, minha terra amada,
Laços meus estabeleci com a natureza,
Mares, rios e montanhas são irmãos,
Águas de orvalho minhas companheiras.
Em noites de luar cacei minhas bruxas,
E em matos grossos alimentei os instintos;
Sou filho da natureza e a ela canto
Meus surdos cantos, minha pequenez.
De cinzas revesti-me e, um pouco, fui palhaço,
Meninas formosas queimaram-me o sentir,
Loucuras d´amor às escondidas cometi,
Porém, não graves, apenas beijos roubados.
Quem da infância não se lembra,
Lembre-se da velhice quando puder,
Por que não sentir a infância na pele,
É como viver entre os anjos no céu.