Igrejinha
Batizados? Festas?
Casamentos e funerais?
A memória do teu povo
Submersa, naufragada, amputada
Dor e lágrimas revelam carinhos
Pelos amores que aqui nasceram
Pelos joelhos ralados dos meninos que aqui caíram
O casal que passeava de bicicleta
O pipoqueiro que aguardava a missa acabar
Quantas histórias hein?
E cadê o povo para contar?
Só sobrou uma torre e a memória
E na igreja?
Quem sabe, São Bento.
Publicado:
Revista Acadêmica VIII, Criciúma/SC: Academia Criciumense de Letras, 2006, p.232.
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