Espelho para minha culpa

E mais uma vez voltam aos meus olhos

De outrora, os fragmentos estilhaçados

Do espelho para minha amarga culpa

Nesta trilha que perduro sozinho

Perdido num eterno interrogativo

Que me é um ciclo sem fim, sem resposta

Nesta orla pela qual desvio

Cego pela importância exarcebada

Dos motivos que me torturam e me tentam

E mais uma vez voltam aos meus olhos

De outrora, o reflexo dos estilhaços

Frente ao espelho que me enoja

Frente ao algoz que me é próprio

Que me é demasiado Eu para suportar