PAIS, CRIANÇAS E MONTEIRO LOBATO
Ai, são tantas saudades da infância e, dói
Do pica-pau amarelo era o sítio herói.
Lembro assim da menina bela Narizinho
Do menino querido, que era então, Pedrinho.
Acompanhando cada aventura e, ou trilha
Vi a esperança nos olhos da boneca Emília.
E, da tia Nastácia com seus bolinhos
Enquanto que a vovó Benta com mil carinhos,
Lia pra criançada a história do gato,
Ou do saci da perna só, do gran Lobato
Que é Monteiro o também, criador do visconde
E, essa infância assim em mim, tanto se esconde
Que vez ou outra, vislumbro em meu olho que brilha
A possibilidade de tal maravilha...
Por isso, sou mui grata ao meu pai que não tinha
Preguiça de ler pra mim, tal fosse rainha
E, dizia comigo ao colo: _Minha filha,
A criança que lê é o grande que não se humilha!
E, mais, agradeço também de imediato,
A ti, meu grande amigo: Monteiro Lobato!