Tristes Realidades

Em uma varanda eu vejo

Um homem chaminé,

Cigarros, cigarros e

Muitos cigarros...

Ele fumava pela dor

Pela perda que sofreu

Há 6 anos atrás que

Nunca se conformou.

Nessas ruas da Tapera

Eu vejo rostos tristes

Que refletem no espelho

De um mercado qualquer...

Percebo a Dama Da Noite

Chorando e borrando

Sua maquiagem mais bela

Pois apanhou de outro...

Outro cliente qualquer

Que nem dinheiro tinha

E com 10 reais a queria,

Ela é das mulheres de 100R$!

Vejo na rua um jovem

Chorava pela vida que ganhou,

Sua Amada estava grávida

Com 15 anos Pai já virou...

Essa é a vida adulta, querido

Não ouviu seu melhor amigo

O tinha apenas por moradia

Agora ele vai vir a ser vovô!

Eu continuei caminhando

Degustei de lembranças,

Minhas relações amorosas

Duas amadas que amo...

Não trai nem uma, nem outra

Mas o coração berra

Pela selvageria na cama

Não posso ficar com a outra.

Eu pude ouvir o choro

Da outra rua te escutei,

Chorando pela irmã

Que não está nada bem...

Muito bebeu e fumou

Lembrou que não é novinha

O corpo desgastado

A mente embriagada.

Nessas ruas vejo rastros

De dores, de amores, culpas...

E de todos os sentimentos

Eu me encontro neles.

.

.

@gab_poeta667

Poeta Gabriel Augusto
Enviado por Poeta Gabriel Augusto em 26/08/2019
Reeditado em 30/01/2022
Código do texto: T6729356
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