Epitáfio

Caminhei pelos confins mórbidos de meus pensamentos privilegiados pela luz,

Vivi os amores que jamais nenhuma língua ou canto irá traduzir,

Abracei corações que nenhum rancor seria capaz de me impedir,

Corri na marcha vitoriosa em destino ao descansar dos campos.

Cantei as sinfonias que pelos tímpanos não eram ouvidas,

Contei os números infinitos da matemática dos universos que moram nos olhares,

Enxerguei além do que qualquer olho poderia ver,

Fitei os olhares mais profundos como a luz do que não se vê.

Brinquei como uma eterna criança afagada pelas lembranças dos anos,

Fui feliz como o sorriso do término dos tempos e do falecer dos olhos,

Sabe-se lá o que meu coração estava a dizer,

Mas sei que em qualquer luta ou vitória estaria sempre a viver.

Amei os meus companheiros na batalha incessante pelo caminho,

Bebi da fonte da verdade e mandei para longe o desespero,

Agora voo como um pássaro nos céus azuis e templários,

Sou livre agora para ser mais que o extraordinário.

Uma pequena homenagem a todos aqueles que estão indo para os céus, que Deus possa, em sua infinita misericórdia, afagar todas as almas.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 10/07/2019
Código do texto: T6692773
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