O Após de Nós... Vem Sempre o Depois

Ao esculpir a tua tão singela imagem:

Eis a rocha; que foi gravada a dois;

Ao longe na rocha... Fica a imagem...

O após de nós... Vem sempre o depois;

E ficou gravado na pedra selvagem...

Aquele beijo; que trocámos os dois;

Assim como... A tua tão bela imagem!

Tanto sentir deste martelar do cinzel!

Era o esculpir desse teu belo corpo;

E ali na pedra... A Aliança e o Anel;

Que tanto nos havia de unir no tosco;

À rocha esculpida pelo duro cinzel...

Mostrava ao mundo; nosso corpo;

Que ali nos unia; à Aliança e ao Anel!

Serás abandonada no tosco; na pedra:

E a intempérie do tempo te destrói;

Ao esculpir o teu corpo; nada resta;

Teu corpo inerte além fica! Não te dói;

Fica esculpido... Nesta dura pedra;

Que o tempo já há muito te corrói...

Teu corpo inerte! Esculpido na pedra!

07/07/2019

José Duarte André

José Duarte André
Enviado por José Duarte André em 07/07/2019
Código do texto: T6690362
Classificação de conteúdo: seguro