Velho espelho
Sobre soltos meus pés,
Desenhando o azulejo do meu chão,
No sentido da Procura do meu olhar.
À medida que sensibilizo o sorriso do rosto
Pondo os dedos sobre a neblina do meu banho,
Jogo gotas de perfume sabre o espelho
Para que eu possa me proteger
Das rugas esculpidas do meu ser.
Viro o sentido do corpo,
Na ânsia de se modificar
Toda vez que me visito.
Te juro, quero o tempo voltar.
Meu espelho traz a vida
Da saudade que ficou
Reflexo com rotina
Dos banhos que proporcionou.
Traduzir as variações do corpo arco-íres,
Onde todos preferem não envelhecer.
Segue nosso amigo espelho até ao amanhecer.