À LEMBRANÇA
À LEMBRANÇA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
O sereno cai na noite,
Invade a madrugada à dentro,
Consumindo uma falta pela imensidão de uma saudade,
De uma roupa endêmica veste todo aquele que de noite a dorme,
Por onde as idas exploramos lugares intermediados a viajar.
Daqui partiu para bem longe,
Para lugares que trazem retratações para saudoso lembrar,
Dos fogos de artifícios prontos pelos pavios a estourar,
Objetos presos pelo que guardamos interiorizado pela fustigada recordação.
Dos bares dos bêbados desolados surge uma intenção,
Amargadas as suas bebidas entregues as insinuações,
Amarrados nos lamentos das vidas construídas as jazidas,
Dos jardins cultuar flores que devam a paz ornamentar,
Por uma estrada bem distante,
Buzinas que alertam os perigos a diante,
Das aparências que rumam destinos a lembrança para recordar;
Dos choros extravagantes daquilo de saudoso que vem a recapitular.
Os serenos caem nas noites trazendo as madrugadas juntas a pensar,
Das velhas questões decorativas indutivas para embriagar,
De uma antiga fotografia faz o momento retirante,
Daquilo que de saudoso vem à tona da melancolia ou alegria a lembrar.
A lembrança presa as coisas que a ver incita a deleitosa lembrança.