A SOMBRA DO MURIQUI

Na casa onde nascera,

Bem no sopé da ladeira;

Do casal fora o terceiro,

Dos vivos é o primeiro,

Filho da terra que vem.

Sem depender de ninguém,

Cresce o menino nos campos;

Reluz tal qual pirilampos,

Perante todos dali.

Lá no pé de muriqui,

Grava nele um coração,

Para quando lá voltar,

Sentir forte a emoção.

Um palpitar com bravura,

No semblante uma ternura,

E dos bons tempos lembrar,

Ao pisar naquele chão.

Feitosa dos Santos, A.

“28 de Março de 2000”