O Camponês
No pulso não tem hora
O sol é o seu relógio,
Acorda com o nascente
Almoça ao meio ardente
E deita-se com o poente
A noite é um breu,
E do seu terreiro
Vê-se a lua por inteiro
Que ilumina o seu curral.
Adormece
Com o cantar da corda
Que se enrosca com o pau,
Sua cama é uma rede
Descendente do algodão.
A noite é curta
E cedo é a labuta,
Do curral já se escuta
O mugido do gado.
Suas mãos fazem a magica
No úbere de sua vaca,
Das tetas jorra o leite
Induzido pelo seu pasto.
De barro é a panela
De cimento o seu fogão,
Da jurema vem o carvão
Que cozinha o seu feijão
Ele é o patrão
A terra o secretario
Os animais seus empregados,
A mulher luta de lado
Com a forca da paixão.
O seu carro é o cavalo
O acelerador a sua espora,
E os dois repousam próximos
Quando o sol se vai embora.
No pulso não tem hora
O sol é o seu relógio,
Acorda com o nascente
Almoça ao meio ardente
E deita-se com o poente
A noite é um breu,
E do seu terreiro
Vê-se a lua por inteiro
Que ilumina o seu curral.
Adormece
Com o cantar da corda
Que se enrosca com o pau,
Sua cama é uma rede
Descendente do algodão.
A noite é curta
E cedo é a labuta,
Do curral já se escuta
O mugido do gado.
Suas mãos fazem a magica
No úbere de sua vaca,
Das tetas jorra o leite
Induzido pelo seu pasto.
De barro é a panela
De cimento o seu fogão,
Da jurema vem o carvão
Que cozinha o seu feijão
Ele é o patrão
A terra o secretario
Os animais seus empregados,
A mulher luta de lado
Com a forca da paixão.
O seu carro é o cavalo
O acelerador a sua espora,
E os dois repousam próximos
Quando o sol se vai embora.