POEMA AZUL
Entre o verde
E o violeta
Havia
Um mar de nuvens
Quebrando suas ondas
Na cor celeste
Véu
Ardente em êxtase
Manto que pairava
Uma chuva lírica
Sob
A relva
Pés descalços
No balanço de rede
A tarde plena
O velho quintal
Dessarte
O meu instante
Fizeste sorrir
Desavisado de que o inesperado
Plano do acaso
Despudoradamente
Estava por nos despir
Corrompendo nesse instante
A mais tenra semente
Para sempre
Para sempre
Para sempre.