Agosto

Agosto

Poema de Lúcio Mário

 

Há um mês tu foste em boa hora;

E eu aturo de ti distante,

o choro em fluxo agora

O branco vazio e odorante.

A sós, esquivo ao fulgente brio

desse céu que me exacerba,

 Pois soma o horror do exílio

na magnificência daquilo

Que não é primavera.

Versus os cristais límpidos

Do quarto de onde não saio,

Colidindo o tempo

Ouço o fim de setembro.

Do sol fica a contemplação

E só, das flores desejo

um cheiro.

Lúcio Mário
Enviado por Lúcio Mário em 04/10/2017
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