Agosto
Agosto
Poema de Lúcio Mário
Há um mês tu foste em boa hora;
E eu aturo de ti distante,
o choro em fluxo agora
O branco vazio e odorante.
A sós, esquivo ao fulgente brio
desse céu que me exacerba,
Pois soma o horror do exílio
na magnificência daquilo
Que não é primavera.
Versus os cristais límpidos
Do quarto de onde não saio,
Colidindo o tempo
Ouço o fim de setembro.
Do sol fica a contemplação
E só, das flores desejo
um cheiro.