Tempo
Ao longo dos anos eu pintei meus amores em palavras.
Dei - lhes ares de melodia, corpo de musa e aroma de saudade.
Dei - lhes queda em minhas dores infligidas
e os arranquei com tristeza de meu seio.
Almejei o amor perfeito, a paixão sincera e a lealdade madura.
Desejei sentir - me segura em um abraço
E sorrir, feito tola, sem pensar em nada,
enquanto no peito em que me deito,
um coração bate feliz.
Restou - me pois, a solidão amiga.
O sorriso bobo preso as noites frias.
A sensação de leveza e liberdade
nas noites em que a chuva caia.
E só então poder sentir a paz que aquilo me trazia.
Eu aprendi a viver...
Aprendi a não esperar por um "você".
Houve os que vieram e os que partiram,
mas eu ainda estou aqui
Contando estrelas, e amando a Lua.
Chronos tem me sido generoso...