Portão
Tuas trancas, tuas quinas
Minha porta, antepasse antiga
Do deduzir intensamente
Tantas idas e vindas
A cor já despojada
Deve-se ao ar umedecido
Dos tendões da praia leste
Propicia o meu sorriso
Todos olhos e chaves
Todo peso e toda dor
Me fez homeostase
Do prazer de furtar cor
Salinizada toda tranca
Oxida o ferro manco
Mas por trás do
portão branco
Tudo que restou
Da minha voz