BANCO DE JARDIM

BANCO DE JARDIM

Está vendo aquele banco de jardim?

Agora está vazio, a pedra ficou limosa.

Ele acolhia meus amores de menina,

Quando a ilusão grassava como rosas.

Consegue imaginar o quanto ele valia

Ao acolher sussurros, beijos escondidos?

O cheiro do jardim impregnava a noite,

Meus sonhos de menina eram sentidos.

Ainda está lá, na Praça da Matriz.

À sua volta já não florescem flores.

Recebe, vez ou outra, passante fatigado,

Que nem sabe daqueles meus amores!

Ficará, por ser de pedra, eternamente,

Na praça ajardinada da lembrança.

No coração também será eterno

Enquanto eu tiver alma de criança...

Rachel dos Santos Dias

Rachel dos Santos Dias
Enviado por Rachel dos Santos Dias em 19/06/2007
Código do texto: T533030