Diário
Diário
(12.12.2014)
As páginas em branco do seu diário
São tão reveladoras quanto teu cenho franzido
Ou teu olhar vazio no tempo
Nossas lembranças escondidas em um relicário
Vêm à tona quando me sinto perdido
Acalmando o coração enquanto a contemplo
Os invejosos a quem dedicávamos nosso escárnio
Com sua dor me deixaram iludido
Certo de que viveríamos o amor infinito com o vento
Mas ao ler teu obituário
Senti-me confuso
Triste por tua ausência
Feliz por seu contento