Recordação
Penso em você
Mas é em profundo silêncio.
Não me ocorrem palavras e nem gestos...
Mágoas me esbofeteiam quando
lembro de sua figura...
Livores percorrem minhas costas
quando apenas cruzo com
alguém parecido com você
numa reles esquina...
É fantasmagórico...
Exorcizar-se de alguém ainda vivo,
mas tão bem sepultado no
cemitério dos afetos.
Toneladas de cal.
Enxurradas de lágrimas.
E uma dor lancinante de
ter errado a seta...
ter causado o desequilíbrio numa
gangorra insensata do destino.
De ter quebrado o
arco da promessa.
Estás à morte.
Canceroso.
Submetendo-se inutilmente
a dores e radiante solidão.
Valeu a pena?
Não se engane sobre as pessoas.
Nem sobre aquilo que elas dizem...
principalmente quando o que
sentem é apenas
e tão- somente
misericórdia.
Valeu a pena...
Tanta empáfia.
Tanto autoritarismo.
Tanta falta de perdão e
amor?
Tanta incompreensão.
Jamais saberei de nada
ao certo.
Nem porque me pediste desculpas.
Se não sentia culpa.
E nem queria perdão.
Na trigonométrica razão
onde as arestas nunca
serão aparadas...
E onde o infinito nos
reduzirá a pó
e, a mais nada.
Fui um cisco
numa miopia embaçada.
Penso em você
Mas é em profundo silêncio.
Não me ocorrem palavras e nem gestos...
Mágoas me esbofeteiam quando
lembro de sua figura...
Livores percorrem minhas costas
quando apenas cruzo com
alguém parecido com você
numa reles esquina...
É fantasmagórico...
Exorcizar-se de alguém ainda vivo,
mas tão bem sepultado no
cemitério dos afetos.
Toneladas de cal.
Enxurradas de lágrimas.
E uma dor lancinante de
ter errado a seta...
ter causado o desequilíbrio numa
gangorra insensata do destino.
De ter quebrado o
arco da promessa.
Estás à morte.
Canceroso.
Submetendo-se inutilmente
a dores e radiante solidão.
Valeu a pena?
Não se engane sobre as pessoas.
Nem sobre aquilo que elas dizem...
principalmente quando o que
sentem é apenas
e tão- somente
misericórdia.
Valeu a pena...
Tanta empáfia.
Tanto autoritarismo.
Tanta falta de perdão e
amor?
Tanta incompreensão.
Jamais saberei de nada
ao certo.
Nem porque me pediste desculpas.
Se não sentia culpa.
E nem queria perdão.
Na trigonométrica razão
onde as arestas nunca
serão aparadas...
E onde o infinito nos
reduzirá a pó
e, a mais nada.
Fui um cisco
numa miopia embaçada.