LINHA DO TEMPO

Busquei as saudades, longe, muito longe.

Encontrei flores e até espinhos,

E se existiram turbulências,

O amor prevaleceu, se prevaleceu.

A infância um tanto despretensiosa,

Marcou uma existência feliz,

Moleque travesso que buscava horizontes,

Que não chegavam e eu sempre corria.

Amadurecendo qual árvore que cresce,

Num corpo em constante ebulição

Percebi então as adrenalinas agitadas,

Que pediam as transformações.

Busquei então o amor já acenando,

E que o meu coração implorava,

Sabendo que me faria infinito bem,

Diante de minha total transparência.

Um dia surgiu num encontro casual,

E uma criaturinha me fez se apaixonar,

Tantas as dádivas que trazia no rosto,

E o sorriso era a marca que me seduziu.

Foi uma existência de carinhos e olhares,

Que não faltavam mesmo nas turbulências,

Diante de nossa total cumplicidade,

E eu à brindava com flores muito perfumadas.

Frutos vieram de nossa feliz união,

Filhos gostosos temperos de Deus,

E depois de um fruto de amor,

Netinhos surgiram para nossa felicidade.

Deus à levou para enfeitar seu Jardim,

Pois era a flor mais linda que tinha colhido,

Que um dia surgiu de uma forma inusitada,

Um olhar cúmplice que havíamos trocado.

29-06-2013