ESTRANHOS

(Uma carta para a Marlene)

Noite alta, nós dois,

planos voam, sorrisos dados,

repassados, dizemos que não sabemos

que estamos selados...

Nossos destinos ligados!

Essa verdade nos persegue!

É a mesma vaidade!

Aqui estamos, já se passou uma eternidade

e eu te prometendo ainda felicidade!

Paralelas porém são nossas vidas

com nossas eternas feridas...

Doloridas

Talvez aí esteja a resposta:

Gostamos do desconhecido!

Por isso, nos gostamos,

por não nos conhecermos,

por não nos termos...

E por desta forma sermos!

..

Strangers

(A letter to Marlene)

Late at night, we two,

Targets fly, smiles given

passed on, we say that we don't know

that we're sealed ...

Our destinations connected!

That truth pursue us!

It's the same vanity!

Here we're, it's been an eternity

and I still promising happiness!

But parallel are our lives

with our eternal wounds ...

painful

Maybe that's the answer:

We like the unknown!

Then, we like ourselves,

because we don't know ourselves,

because not in have ourselves ...

And because thus we're!

Acyr - 15/11/2002