Minha rocinha

O gosto da roça, da vida no campo

Vem ao meu lábio numa liquida lembrança

Cangibrina desce mansa

E o lago reflete o ontem...

Mexirica, laranja, cana

A minha roça é bem bacana

Lá de tudo tem

A galinha foge ao largo

Deixando o ovo que agora trago

A nossa alegria é sacrifício de outrem

Vidinha fácil e descomplicada

A foice é minha mão armada

E a estiagem não é bom pra florada

Pra que Sthil® e Baisiston®

Se minha mão arranca e corta no tom

Um “painha” cai bem com café

Depois da pinguinha só quero “muié”

Levo a labuta no peito

A horta eu num fiz direito

Mas num é minha curpa não

Se eu como e engulo perfeito

Num faz diferença o formato do pão!